Mesmer

Mesmer

Mesmer e o Magnetismo

Desde épocas remotas que o magnetismo é utilizado pelos homens com a intenção de curar. Textos antigos apontam para o seu uso pelos egípcios, por exemplo. Mas foi a partir do século XVIII que ele passou a ser tido como uma ciência graças aos esforços de um alemão nascido em Iznang, em 1734, chamado Franz Anton Mesmer.

Mesmer compôs a ciência magnética ao descobrir os efeitos que se poderia obterem outrem pelo magnetismo animal, dirigido através da vontade.Na Doutrina Espírita conhecemos o magnetismo animal com o nome de energia vital ou fluido vital e a ciência hoje o vem chamando de bioenergia, eletromagnetismo e outras designações. Mesmer deixou três obras escritas de significativo valor, nas quais expôs os princípios do Magnetismo, para que assim, todos pudessem compreender o seu funcionamento e utilizá-lo em benefício da saúde de outras pessoas. Possuindo doutorado em Medicina, além de títulos acadêmicos em teologia, filosofia e direito, tendo estudado também geologia, física, química, matemática, filosofia abstrata e música, desde o início os seus esforços foram direcionados no sentido de convencer médicos e sábios da sua época a respeito da existência e das potencialidades do Magnetismo e da sua capacidade de curar as mais diversas enfermidades, até mesmo aquelas em que a ciência médica se mostrava impotente.

Nunca fugiu da luta e dos debates, pelo contrário, oferecia-se ele mesmo a passar pelos mais diversos testes e experiências a fim de que os sábios e cientistas pudessem tirar as suas conclusões com relação ao emprego do magnetismo e aos resultados por ele alcançados em termos de curas. A vaidade intelectual de sempre o ignorou ou encontrou falsas justificativas para os resultados por ele obtidos.
Mesmo diante do ceticismo e da má vontade de muitos, ele conseguiu fazer numerosos adeptos na sua época e depois muitos outros o seguiram, demonstrando mais uma vez o poder curativo que as energias humanas possuem quando utilizadas com a vontade de ajudar.
O Marquês de Puységur, um dos maiores seguidores de Mesmer, descobriu o sonambulismo induzido por magnetismo. Jacques Henri Désire Petétin descobriu como levar um paciente hipnotizado ao transe cataléptico.
Em sua obra Electricité Animal (1808), noticia observação de faculdades paranormais em pacientes, inclusive com a transposição dos sentidos.
O sonambulismo e o êxtase, facilitando o acesso às câmaras mais profundas da mente, logo passam a ser usados pelos magnetizadores como instrumento no tratamento das doenças psicossomáticas. John Ellioston fundou em 1846, em Londres, um hospital onde se empregavam as práticas mesméricas. James Esdaile exercia medicina na Índia e empregava o magnetismo e a hipnose. Jean-Martin Charcot, neurologista do renomado hospital de Salpêtriére, em Paris, em 1870 encarregou-se dos histéricos não alienados, iniciando oito anos depois pesquisas envolvendo histeria e hipnotismo. Ainda outros que alcançaram grandes coisas com o Magnetismo podem ser citados como Chardel, Deleuze, Bruno, o Barão du Potet, Aubin Gauthier, Charles La Fontaine, deixando uma obra inestimável tanto em experiências, descobertas e desenvolvimento do Magnetismo quanto em livros escritos para o esclarecimento e aprendizado de quantos desejassem seguir os passos do mestre Mesmer.
Homem de saúde invejável e de muito vigor, vendo infrutíferos todos os seus esforços para convencer os intelectuais do seu tempo, Mesmer recolheu-se nos últimos anos de sua vida, permanecendo apenas a curar, até os 81 anos de idade, quando desencarnou, aqueles que, simples de coração, conseguiam entender e aceitar, intuitivamente, o poder que emanava do seu Magnetismo.
 
Fonte: (Apostila Estudo do Passe e do Magnetismo – Adilson Mota)